domingo, maio 27, 2007
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Tempo
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De certa altura, ainda eu na tenra idade, não sabendo bem conjugar as quatro letras que formavam a palavra “amor”. Havia muita coisa que eu não sabia, mas ansiava por saber, lutava por saber, pois queria não errar, queria crescer, queria tornar-me em alguém, em gente. Sentei numa mesa de café, quantas e quantas em que me sentei, dias e dias que ali passei, mas nunca me esquece aquela tarde, aquela conversa que devo para a vida inteira. O problema estava na pele dele, o problema estava com ele, e apenas falou daquilo que se passava, daquilo que era verdade. Hoje, toca-me a mim passar pelo que passou, mas trago uma leve vantagem, eu agora sei o que é, e sei o que fazer. Vou antes, falar da essência da conversa. Era um lamento vagabundo, um lamento de um jovem, era um coração sofredor, como tantos outros. Sofria por algo terrivelmente doloroso, não se vê, mas atinge bem lá no fundo. Ele dizia, «Tomara eu que as questões do amor fossem relacionadas a um botão, que bom era ter um botão em mim e se pudesse, desligar!». Que bom era ser só a cabeça a mandar e não o coração, por vezes seria bom, talvez não sofressemos tanto. Já naquela altura, como qualquer adolescente, os problemas existencialistas faziam parte do meu ser, no entanto, não sabia ainda como lidar com alguns deles. Foi então que escutei a voz da razão e sabedoria, foi então que aprendi algo que jamais me esqueço. «O tempo é tudo, pode ser o teu amigo e conselheiro, como pode ser o teu pior inimigo. Ele ajuda-te em muito, é o tempo que pode fazer aquilo que talvez esse botão faria em segundos, o tempo fará em dias, mas fá-lo. Se perdes-te alguém, se estás magoado, é ele também que vai ajudar, vai curar as feridas e fazer esquecer o passado, fazer viver um novo dia.». O tempo é mesmo tudo, tanto faz milagres como estragos, tanto é bom quando ajuda, como maléfico quando agride. Sara feridas como pode aumentar um amor. Realemente, o botão dava imenso jeito, era tudo muito mais facil, mas também que piada teria viver? Sem medo temos de enfrentar o que vier, como esta conversa que me ajudou e ainda ajuda, muitas outras virão, porque quem realmente gosta de nós, está sempre presente para nos apoiar e dar força. Obrigado
> Texto dedicado ao “Be”, o padrinho que sempre foi o meu ponto luz de seguimento, muito de mim hoje deve a ele e este texto é apenas uma amostra das coisas que com ele aprendi. Agradeço para sempre.Não quero também tirar mérito à madrinha Rita, que sempre batalhou comigo pelas coisas, devos-lhe muito. |
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posted by Vitor Alves
03:57
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Bjosss!!
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