Paradoxis
Promiscuous Thoughts - Um Alfobre de ideias
 
terça-feira, janeiro 31, 2006
Refúgio
Ouço a sonoridade do piano. Instrumento que me despoleta angústias, notas límpidas arrancadas do fundo da alma. Fluidez sonora solene que me faz render às emoções mais bem escondidas, no baú empoeirado e soldado na abertura, estrangulado por mil correntes de aço, rodeado por sensores de movimento, fechado num cofre de titânio, com código indecifrável, com reconhecimentos de voz e impressão digital. Rodeado por um batalhão de árabes com bombas à cintura e um lança-chamas ao ombro.A doçura com que a melodia nos acaricia o cérebro e, talvez o âmago de um ser, cria uma sensação de conforto e de desenquadramanento de tudo o que é palpável. É a arte mágica de num segundo nos amansar a ansiedade, e logo num outro espicaçar-nos o desespero, até então adormecido.Dá-nos o único mundo onde podemos ser verdadeiramente felizes, indicando-nos o canto recôndito e inabitado da nossa essência onde tudo é possivel. Apenas ilusão, na realidade. Um refúgio apelado pelas almas penadas, corpos mutilados que sofrem pela amputação dos seus membros.Só na música o sangramento estanca e cicatriza.
posted by Koala 01:53   3 comments
 
3 Comments:
  • At terça-feira, 31 janeiro, 2006, Anonymous Anónimo said…

    Só Me Sai:

    LINDO "."

     
  • At sexta-feira, 03 fevereiro, 2006, Blogger Unknown said…

    puro encantamento enquanto mãos engenhosas descaem sobre o instrumento..
    mas talvez essa breve fuga ao que é verdadeiro componha uma nova motivação para o viver, aproveitando o que nele se passa..
    texto muito bom!

    apesar de só conhecer alguns membros deste blog (e ainda não saber quem escreveu este texto!!) fiquem todos bem!

     
  • At quarta-feira, 08 fevereiro, 2006, Blogger Vitor Alves said…

    ora mais um sobre a musicalidade ....
    epah.. axo k andas mas é a jgr kuake a mais lol... ta fixe... simplesmente digo.... descrevest akilo k é o som da inspiraxao.. bjs madinha ptt bem

     
Enviar um comentário
<< HOME

sexta-feira, janeiro 27, 2006
BER; BER!
Tentativa frustrada para me controlar.
Afinal parece que acabei por postar!

Apélo a qualquer cibernauta e afins e tudo e tudo e tudo desse Portugal de Norte a Marrocos (Sul), que tenha o computador munido de Windows Media Player ou programa da mesma linha QUE NÃO DEIXE DE TENTAR PERCEBER O RACIOCÍNIO DESTE SENHOR!

Video - http://tvtel.pt/system/1.mpg

Se porventura chegarem a alguma CONCLUSÃO VÁLIDA! Pago eu O JANTAR!
Passo a Citar:

"Num é xó o... Pin Co...
U Pinto da Costa é inoxente...
Pra mim é inuxente...
Gora, é prexiso ber; ber!.

(Pausa de Raciocínio)

Logo... Ca...o futbole.. u.. hu.. du Benfica...
Bamuje bere...

(Pausa de Raciocínio)

Ax banheiras, num é du Xtádio do Dragãoe...
É do Xtádio da Luz...
Eles... coixo... Amargulham!"

HO ALMA DO DIABO!!!!!
posted by Be 07:19   3 comments
 
3 Comments:
  • At sexta-feira, 27 janeiro, 2006, Anonymous Anónimo said…

    Todas as pessoas que eu conheço(e eu proprio pessoalmente), as primeiras palavras que lhes ouvi/li foram: "Lindo Lindo Lindo!".

    Mas tu não tens a continuação do depoimento desse senhor! um dia que te apanhe no msn amando-te o complemento deste testemunho, verdadeira pérola televisiva...

     
  • At terça-feira, 31 janeiro, 2006, Blogger Be said…

    Oi, fico muito contente que leias o que escrevo, ainda mais que gostes e quissá que até te identifiques com o que escrevo, é sempre bom e muito gratificante ver um trabalho ou um mero hobbie (que escrever é para mim) meu apreciado pela positiva. Quanto ao teu "poh... quero mais!" temos realmente que ir com calma porque quem me dera escrever porque quero, mas não, confessando-te, escrevo sob a pena de "o" sentir, limito-me a passar para caracteres, palavras, frases, textos... o que absorvo diariamente.

    Muito Obrigado, e a ver se um dia destes vou dar uma viradinha com olhos de ver ao teu blog. ;)

     
  • At sábado, 04 fevereiro, 2006, Blogger Vitor Alves said…

    fenomenal... simplesmente.. é preciso ter cabexa pra isto. sim nshr... lol... os the mood vem ai... este home pode ser inspitaxao

     
Enviar um comentário
<< HOME

segunda-feira, janeiro 16, 2006
Um Bilhete com Alma.

Após súbita e repentina introspecção, num ápice me prontifiquei a por cobro àquele tormento que durava já duas longas horas… arrumei a folha de rascunho, fiz-me equipar com a volumosa mochila e dei um ultimo aceno aos meus companheiros de armas, transparecendo o desalento e desilusão que me percorria o pensamento. Encaminhei-me para a paragem de autocarro… mas não uma paragem qualquer como tantas que povoam as ruas deste secular Porto, sabia de antemão que, ao cruzar aquela esquina, a esquina do nosso tão degradado e sombrio S. João, iria encontrar ali sitiados fitando com olhar de lince o fundo da rua aquele povo tão “EU”… comprei o bilhete e amparei-me no sujo e ferrugento gradeamento num dos meus muitos 5 minutos de contribuição para com a tabaqueira e S. Pedro diários. Senti aquele calor, aquele espírito, aquela disposição tão particularmente Transmontana. Aquele sotaque serrado que asfixiava as conversas de duas senhoras de idade, a estupefacção de um humilde casal de meia idade aquando da passagem de um tão vulgar Airbus (até de ouvidos tapados se podia notar o tremer de admiração nas suas vozes), um transmontano convertido a beto moderno, modernizado pela nossa tão querida TVI que nos premeia com os “Morangos com Açúcar” diariamente ou então pela sua namorada com a mania que pertence à “margem d’lá”. Eis… Lá estamos nós…

Apanhei-me num abismo de recordações, recordei sentindo uma fotocópia de sensações quando eu próprio me aventurava para lá da margem que me foi nomeada à nascença, e que o segundo melhor momento dessas incursões era a dezena de minutos em que abandonava a A1 e dava comigo a percorrer a sua extensão até à ponte do Freixo e via reflectido na densa névoa a luz amarela-alaranjada emanada pelos candeeiros e focos do estádio do Dragão, e louvava:

- Cheguei a casa!

Podemos sim, podemos ser menos evoluídos, mais limitados, mais barulhentos, menos lembrados, muito ultrapassados, pouco instruídos, regularmente menosprezados, pontualmente enaltecidos, dados à zaragata* e SEM objectivo… MAS… somos inteiramente, de corpo e alma até que nos seja roubada a vida NÓS, e passados tantos séculos, relembro o mais importante… AINDA ESTAMOS AQUI.

E vocês da “margem d’lá”… Já sabem quem são?

*Vulgo: Berdoada!

posted by Be 20:12   4 comments
 
4 Comments:
  • At segunda-feira, 16 janeiro, 2006, Anonymous Anónimo said…

    lol
    pah tenho a dizer k gostei especialmente do final...sim snhor*bjo

     
  • At segunda-feira, 16 janeiro, 2006, Blogger Koala said…

    Encolho os ombros e digo: "é ele" ké k s há d fazer! Desisti de guerrear por causa disso lol, passo o testemunho a kem se oferecer lool beijinho

     
  • At sexta-feira, 27 janeiro, 2006, Anonymous Anónimo said…

    Comentei no local que achei mais proprio, mais uma maneira de contiuar a minha "luta"...

     
  • At sábado, 04 fevereiro, 2006, Blogger Vitor Alves said…

    não digo k sim nem k nao... mas mt provavelmente..... nao.. primeiro a estabilidade... e agr..... tentar saber um pouco amis do k pra la se encaminha.... cada coisa a seu tempo cada coisa.. com o minimo d calma

     
Enviar um comentário
<< HOME

domingo, janeiro 15, 2006
Mais um começo
A semana desabrocha por entre toda a escuridão que se faz sentir.
Um acordar cansado mas alegre, com vontade de muita coisa e com um positivismos autentico. Apenas infeliz por ainda não ter sido desta que um companheiro de quarto se ia embora. Mais uns dias para aguentar.
Longe e perto de tudo, ter as coisas à mão mas ter dificuldade de chegar até elas, é uma oposição trémula.
Rir e falar aos poucos deixar as tristezas que só fazem piorar qualquer situação, é certo que não há nada igual que a nossa casa mas estando sujeitos a isto, nada podemos fazer.
Cada dia que passa parecem seculos, mas nada melhor como enganar o tempo, falando, rindo, ouvindo musica e até mesmo colocar o sono em dia.
Iniciou para mim a recta final, passado isto já falta pouco, fisioterapia.
Que palavras poderão descrever, sentir que não sinto dor, ver que está tudo bem com o meu joelho, visionar que as coisas correm sem qualquer precalço.
Ao fim do dia, mesmo depois das visitas nos terem carregado baterias para continuarmos esta batalha para o nosso bem, encostar no sofá, ter um bom diálogo com outros ali alojados, cada qual com o seu problema.
Passar o tempo e esgotar energias, para poder chegar ao quarto, deitar-me na cama que nos é destinada e não ter tempo para pensar no que vai lá fora, nos motivos que nos deixam triste.
Enfim aturar por vezes doidos, situação hilariante, o alarme toca já de noite. Eram por volta das 0:10, eu pego em mim e saio daquele cubiculo tentando saber o que se passa para enorme barulho, qual não é o meu espanto que me depara com enfermeiras a comentar que a GNR está lá fora, parece que um doente queria fugir, um que já não aguentava aquilo, enfim viro costas e volta para o meu cantinho.
Digamos, na vida podemos enganar a tristeza vivendo a felicidade.
posted by Vitor Alves 16:14   0 comments
 
0 Comments:
Enviar um comentário
<< HOME

quinta-feira, janeiro 12, 2006
Domingo sem igual
'Um renascer desesperado, com vontade de não estar ali, consciente de que aos Domingos ninguém sai, com gosto de poder acordar longe.
Começo revoltado com a rotina habitual, às 9h pequeno almoço, 12h almoço, 16h lanche, 19h jantar, 22h qualquer coisa antes de me deitar.
Estar cansado e querer dormir, não me apetecendo sair da cama e ter de o fazer contra minha vontade, lutar com todas as forças demonstrando que tudo se encontra bem e que posso sair deste lugar, enfim é escusado, só o tempo decide.
Vou recebendo telefonemas e mensagens de vozes amigas que me levantam um pouco a moral e lutam comigo indirectamente.
Visitas e mais visitas, torna-se para mim um agrado velas de novo, sentir o apoio e a dedicação. Passar o tempo assim é mais facil, mas quando estes vão embora, fica tudo num vazio e numa situação muito desgostosa.
Chega a noite e nós aqui lamentando a nossa estadia, como quase chorando senão chorando mesmo. Lágrimas silenciosas sem ninguém se aperceber transparecem aquilo que dentro de mim magoado está.
Caminho até ao WC, algo imprevisto, algo mal calculado, uma falha, um pormenor que erra e sou obrigado a recorrer ao que não quero, seja a perna em recuperação pousa e rapidamente volta ao normal.
Fiquei feliz desde então, pois não senti qualquer dor e acima de tudo senti, que dali iria renascer o meu velho ser muito mais reforçado, o lado mais que optimista.
Sem problemas, a ajudar os que precisam.
[Texto escrito já em delirio]
posted by Vitor Alves 19:55   0 comments
 
0 Comments:
Enviar um comentário
<< HOME

terça-feira, janeiro 10, 2006
Desespero
'Encontravamo-nos no Sabado.
Acordam-me de manhã cedinho para a dose da rotina que se vinha tornando habito.
Estava ancioso, pois sabia que hoje poderia voltar a andar, poderia voltar a sentir o peso do corpo e o solo, cansado de estar acamado, colocaram-me uma tala para poder movimentar.
Coloquei um pé no chão, sentindo o sangue a correr perna abaixo e a pressão as descair pelo lado esquerdo. Canadianas na mão e tinha tudo, mas via o passo dificil, como se fosse o primeiro, tinha medo de cair, a enfermeira à minha espera, comecei e senti que era algo custoso. Primeiro dia, custava imenso subir e descer da cama, ainda tinha algumas dores, qualquer toque ou jeito naquela zona era algo de fazer revirar os olhos.
Momento real passado, enfim fazer a barba e esperar o tempo passar, o chegar à casa de banha e olhar para o espelho e ter impressão que não estava a ver a mesma pessoa, que estava a sentir algo diferente, não queria estar ali!
Cansado de estar no hospital à espera que dissessem que podia ir embora. Será que falta muito? As visitas ajudam a animar mas quando tudo parte, quando tudo acalma, a noite chega, os fones nos ouvidos, as luzes apagam, já passa da meia noite e perco-me no pensamento. Sinto-me só, olhar-mos uns para os outros sem dizer uma unica palavra mas sentir que todos queremos o mesmo, Sair dali!
Cara desanimada, pensar que estamos ainda e podemos estar se algo corre mal, tudo demora, complicado sentir falta e chegarmos todos à conclusão que só damos valor as coisas quando estamos sem elas ou então quando as perdemos.
Uma filosofia adequada a todos os humanos, um valor que vale mais que palavras e atitudes.
posted by Vitor Alves 23:41   0 comments
 
0 Comments:
Enviar um comentário
<< HOME

segunda-feira, janeiro 09, 2006
O dia Seguinte
'Já no meu quarto, não me esquece, enfermaria 11 - cama 3. A noite viajou por ai, muito custoso o adormecimento, diga-se dificil, foi uma tortura, sempre na mesma posição de barriga para cima em que so o tronco se mexia, ora um bocadinho para a esquerda e mais outro pouquinho para a direita, que massacre, mas nem tudo é aquele buraco de dor, ilariante a fase do urinol em posição, o "bisca roda 26" enfiado e a falta de hábito a impossibilitar qualquer execução, duas horas assim esperando até que no fim la obtive resultado.
Denotavam-se dias dificeis pois deitava-me com duas injecções e acordava do mesmo modo, uma pelo cateto colocado na mão direita com um agulha enfiada muito fragil pela veia dentro, que ao dobrar sentia-se espetar na carne por ser tão comprida e outra pelo rabo que era um dose poderosa, enfim ficava com a zona dormente.
Sexta era o dia, estava eu ainda ligado a soro e com o dreno preso ao joelho, acordei meio cansado após uma noite terrivel de se passar. Mas um boa noticia, logo de manhã retiravam-me o soro, já era um passo bom, mas o cateto matinha-se lá, só que ficava mais livre de mobilidade, pelo menos das mãos, apesar de ainda ficar preso à cama.
Visitas ajudam a levantar a moral, apareceu o meu irmão (uma das pessoas de quem eu mais gosto na vida), sentia-me bem pois ia vendo aqueles de quem eu mais gosto mas uma certa saudade de todos os amigos e das pessoas que convivem comigo diáriamente.
Fim da noite tiram o tudo de drenagem do sangue que prontos se mantia a monotonia das injecções, tanto à noite como de dia e depois de mais hábito com o local que me prendia lá me consigo virar para uma posição mais favoravel para dormir.
Assim consegui passar mais um dia em que as dores foram diminuindo.
Dia após dia tenho aprendido uma lição do que custa a vida, é um futuro imprevisivel.
posted by Vitor Alves 14:39   0 comments
 
0 Comments:
Enviar um comentário
<< HOME

domingo, janeiro 08, 2006
Mosaicoplastia
'Acordei com a enfermeira a chamar para ir medir a tensão, depois de uma noite tranquila, pois um relaxante faz ficarmos sem nervos e ansiosos.
Deitei-me novamente já preparado para a operação, nu com uma fata branca, as enfermeiras iam entrando e eu meio sonolento e ansioso ia esperando a minha vez.
Parti, levaram-me por aqueles corredores até ao bloco e que por sinal eu estava contente, para mim na vida há tanta felicidade e as pessoas que me foram acompanhando até ao local e que do mesmo modo me prapararam a operação estiveram sempre simpaticas.
Depois de varias e ilariantes pripécias, a anestesia, não senti grande coisa, que da mesma maneira não fez grande efeito, a epidoral foi fraca. Senti o primeiro corte aquando que avisei logo o medico, que logo de seguida colocaram uma mascara e Puff... Adormeci, foi anestesia geral.
Acordando a meio da operação meio sonolento, só sentia umas marteladas, tavam a encaixar o joelho, dava-me para rir, era cada pancada cada vez que iam metendo novo osso, mas por fim ouvi um trac trac trac, parecia agrafes, prontos costura final acabou.
Enfim saia dali já acordado, sorridente e falador, toda a gente admirada, eu estava como se nada fosse, pois não sentia praticamente nada. Um ponto que tenho de referir e não me podia esquecer foi o facto de durante a operação estar a ser assistido por diversos enfermeiros, que nunca tinham visto tal operação, mas atenção, não era a primeira ali naquele sitio, já varias tinham sido feitas, aliás a primeira sim foi ali mas já a bastante tempo.
Um dia normal, depois de ter passado para a sala de recobro e ter dormido bastante, não sei de onde provinha tanto cansaço.
Fim do dia e volto para a sala habitual onde estava, para junto daqueles vizinhos que me acompanhavam ali e claro está que tudo corria bem enquanto não sentia o joelho, mas quando essa parte muda, imensas dores, algo normal mas doloroso, pois mexer com ossos é um caso complicado e enfim, uma quinta-feira sem igual, correcção, uma semana sem igual.
posted by Vitor Alves 14:10   1 comments
 
1 Comments:
Enviar um comentário
<< HOME

sábado, janeiro 07, 2006
Uma passagem Singular
Atenção
Conteudo improprio para os mais sensiveis. Relato de uma experiencia hospitalar.
repartido em varios textos vai ser aqui coloca os 7 dias que mais pareciam meses.

'Acordo sonolento de manhã, onde o sol já perfurava o quarto e indicava a claridade que me vem habituando. Ouço a minha mãe a transpor a porta de limite do meu quarto, uma pequena conversa em que ela me perguntava se já tinha tudo preparado para ir.
Levantei-me e fiz tudo o que tinha, mas isso ia ser diferente, começara ja algo fora do normal, não podia tomar o pequeno almoço. Desço até ao escritorio onde por ventura dou os ultimos ajustes ao sitio que me deixa bem e confortavel na vida. Viajo um pouco por espaços imaginários, actualizo coisas e vejo a lista de contactos, estava tudo "ok" tudo no sitio.
Peguei na mochila e parti, ia sério com um ar descontraido mas com alguma apreensão por dentro.
A conversa com o meu pai ia sendo agradavel, ele ajudava a manter-me sereno.
Chegamos ao Hospital, uma calma era dona do mundo, tudo alegre, tudo sorridente, podia dar-me por feliz e contente.
Longe de tudo e de todos, mas à partida as coisas iam melhorando, entro na sala para fazer análises, afinal tanto receio e não custa nada, um simples "tac" e a agulha invade a veia e dali extrai o sangue pretendido. Coisas muito simples, meras casualidades ocorrentes.
Claro estava em jejum que reverte a uma fome que "poucos" sentem. Logo ali no refeitório passei a conhecer novas pessoas que cada uma tinha a sua história e o seu problema, ora menisco, ora extração de parafusos, enfim tudo muito animado.
Mais um pouco de conversa e uns exames de modo pouco importante. Hora de almoço e tudo se reunia no refeitório, falava-se como se de há longos tempos fossemos conhecidos uns dos outros, e o que seria o comer?
Começam a chegar os tabuleiros, bacalhau com batatas e uma malga de canja.
Isso naquele momento até nem era importante face ao que se ouvia, doentes a berrar com dores e outros a contar as suas aventuras.
Relatos vou escrevendo, não queria que isto se parece-se como um diário, mas enfim tudo é imprevisivel.
Continuando a tarde, diga-se que passei pelas "brasas", descansei um pouco, ia passeando neste pequeno espaço que nos é limitado.
Estou num quarto com bons vizinhos, sempre muita animação.
Estou na sala de lazer, sou chamado, hum! vou ser depilado, na zona do joelho esquerdo, a enfermeira pega numa jilete e começa o trabalho, finalmente um banhinho.
Falo com a anestesista, tudo gente muito simpatica. Conseguem fazer sentir algo que não passaria pela cabeça.
Hora de lanchar e jantar tudo divertido a ver a novela e impressiono-me como toda a gente que ver e gosta de ver a novela morangos com açucar.
Sentimento especial e carinhoso a todos os leitores.
posted by Vitor Alves 18:23   1 comments
 
1 Comments:
  • At sábado, 07 janeiro, 2006, Blogger Koala said…

    Nada como passar por toda a especie de experiencias para nos apercebermos daquilo que temos e respondermos a questão: "E agora? Que se segue?"... Lindo post*

     
Enviar um comentário
<< HOME

Estranho Despertar!
A noite já se tinha revelado inusitada q.b., entre acertos de tópicos, confissões, pontos chave, a velhinha e descontraída vibração sonante das cordas da viola que me acalmava o espírito acompanhada pelo timbre da voz da minha mais antiga companheira de armas que por problemas exteriores a mim rapidamente se rendeu a acompanhar-me na insónia madrugada dentro, as duvidas, as descrenças, todas aquelas perguntas que à muito me perseguem e para as quais a experiência de vida ainda não é suficiente para me doar as peremptórias respostas...
Batalhando contra o meu já fraco, mas presente estado febril obriguei-me a adormecer, na ansea que o acordar me trouxesse acontecimentos intitulados de “mais normais”, rotineiros, o standard portanto… Mas não… Deixo o corpo a meu lado bem aconchegado no mundo das nuvens cor-de-rosa, salto da cama, invisto contra o corredor em possantes e alargados passos até à cozinha, no movimento mais instantâneo possível:
Bule, caneca, açúcar, colher, passos, microondas, porta, botão, “plim plim plim”, porta, passos, corredor, quarto, persiana, cama de outrem, comando e cobertores… Sorrio agora finalmente, pois foi-me oferecido o tal acordar standard que tanto valorizo… Mas eis, que entre o dicotómico acentuado sabor a café com o aprazível adocicado do açúcar olho para a varanda, largo tudo, apoio as rotulas no frio parqué, levanto os braços para o céu e pergunto-Lhe:
Porquê? PPPOOORRRQQQUUUEEE?
Não é que em 20 varandas que tem o meu loteamento, mais 160 do loteamento adjacente, (sendo eles dotados de asas) e centenas de milhares espalhadas por essa invicta fora, o diabo do pardal tinha que se lembrar de por na “pardalita” JUSTAMENTE NA MINHA VARANDA…
Já não há respeito pelos homens…
Tenho incessantemente insistido, vulgo… TENHO DITO.

LV-426 [HyperDyne Systems ®]
posted by Be 14:36   2 comments
 
2 Comments:
Enviar um comentário
<< HOME

Membros
Comentários


previouspost
Borubudur - Em Busca da Magia
O Passado
Darth Vader
Um desabafo!
Tentem Entender
Boas Festas
Humanidade
E é isto...
O que Somos?
Saber Lutar


myarchives
junho 2005
julho 2005
setembro 2005
outubro 2005
novembro 2005
dezembro 2005
janeiro 2006
fevereiro 2006
março 2006
maio 2006
junho 2006
julho 2006
agosto 2006
setembro 2006
outubro 2006
novembro 2006
dezembro 2006
janeiro 2007
fevereiro 2007
março 2007
abril 2007
maio 2007
junho 2007
julho 2007
dezembro 2007
abril 2008
julho 2008
setembro 2008
outubro 2008


mylinks
  • Blogs :
  • Zupaxis
  • Never Born
  • Uma Estrela
  • Ju Blog
  • Dama de Espadas
  • Music Box
  • The Mood
  • Fotologs :
  • Llnk
  • Climbaatize
  • Mimadinhas
  • AE
  • Rakel
  • Sites :
  • SMirandela
  • Mirandela
  • Mirandelabynight
  • Publicidade :
  • Publipt
  • Comsualicença
  • Blogs Arquivo :
  • Koala
  • Be


  • bloginfo
    Powered By Llnk Free Web Site Counter

    Tell me when this blog is updated

    what is this?