segunda-feira, janeiro 09, 2006
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O dia Seguinte
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'Já no meu quarto, não me esquece, enfermaria 11 - cama 3. A noite viajou por ai, muito custoso o adormecimento, diga-se dificil, foi uma tortura, sempre na mesma posição de barriga para cima em que so o tronco se mexia, ora um bocadinho para a esquerda e mais outro pouquinho para a direita, que massacre, mas nem tudo é aquele buraco de dor, ilariante a fase do urinol em posição, o "bisca roda 26" enfiado e a falta de hábito a impossibilitar qualquer execução, duas horas assim esperando até que no fim la obtive resultado. Denotavam-se dias dificeis pois deitava-me com duas injecções e acordava do mesmo modo, uma pelo cateto colocado na mão direita com um agulha enfiada muito fragil pela veia dentro, que ao dobrar sentia-se espetar na carne por ser tão comprida e outra pelo rabo que era um dose poderosa, enfim ficava com a zona dormente. Sexta era o dia, estava eu ainda ligado a soro e com o dreno preso ao joelho, acordei meio cansado após uma noite terrivel de se passar. Mas um boa noticia, logo de manhã retiravam-me o soro, já era um passo bom, mas o cateto matinha-se lá, só que ficava mais livre de mobilidade, pelo menos das mãos, apesar de ainda ficar preso à cama. Visitas ajudam a levantar a moral, apareceu o meu irmão (uma das pessoas de quem eu mais gosto na vida), sentia-me bem pois ia vendo aqueles de quem eu mais gosto mas uma certa saudade de todos os amigos e das pessoas que convivem comigo diáriamente. Fim da noite tiram o tudo de drenagem do sangue que prontos se mantia a monotonia das injecções, tanto à noite como de dia e depois de mais hábito com o local que me prendia lá me consigo virar para uma posição mais favoravel para dormir. Assim consegui passar mais um dia em que as dores foram diminuindo. Dia após dia tenho aprendido uma lição do que custa a vida, é um futuro imprevisivel. |
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posted by Vitor Alves
14:39
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