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sábado, dezembro 31, 2005
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A Dor
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Como uma pequena introdução a um novo membro do grupo, que tem uma capacidade de expressão escrito bastante boa, que consegue transmitir em palavras e letras aquilo que percorre a alma e o corpo.
'Não, não é a dor física, aquela dor que sentimos quando nos cortamos e o sangue brota da nossa pele... cortes e afins... mas sim aquela dor que nos atinge directamente no coração, sem aviso, sem sequer nos dar hipóteses de criar uma barreira de defesas, uma qualquer espécie de imunidade, como um acto de cobardia, com alguém que nos ataca pelas costas!
Os sintomas deste tipo de dor são muitas vezes confundidos com os sintomas da tristeza, ou até da desilusão, no entando há algumas pessoas que as sabem distinguir (talvez porque já as viveram). Esta dor assemelha-se a facas a cravarem-se no nosso coração, às vezes até no nosso cérebro, notamos que a dor se apodera a passo e passo de nós quando olhamos nos olhos das pessoas que nos são mais queridas, nos olhos das pessoas em que depositamos parte da nossa confiança, da nossa esperança, as pessoas que são o nosso cofre de alma, o nosso banco de sorreisos quando as poupanças que trazemos connosco se esgotam quando mais precisamos... sim, é quando olhamos nos olhos destes “anjos”(que sempre pensamos que iriam estar brilhantes e alegres para nós) e vemos o desespero, a (própria) dor, já num estado tão avançado que nem com 10 operações ao coração (àquele coração onde secreta e preciosamente guardamos os nossos sentimentos) iria existir uma melhora total (acabam sempre por ficar com sequelas – por vezes graves – normalmente chamamos-lhes “más recordações”), quando vemos nos seus olhos a necessidade que têm de ser libertados e sobretudo a necessidade que têm de viver um momento feliz... e é nestas alturas que apercebemos a necessidade deles em recuperar a felicidade, que as facas perfuram mais fundo ono nosso coração, tão fundo que nos cortam a respiração, ficamos de tal modo sufocados com o medo do que pode acontecer se não os resgatarmos da escuridão onde se encontram que a uma dada altura o nosso cérebro (e o resto do corpo!) entra em estado de hipóxia (como se tivessemos mergulhado no mar há procura de perolas perdidas no meio de corais coloridos e não quisessemos vir embora sem, pelo menos, vê-las) de tal forma que os nossos pensamentos e atitudes já não são controlados por ós, mas sim pela DOR! E na ânsia desmedida de não sermos também presos por ela (a dor!), tentando impedir que ela exerça sobre nós uma tensão e nos roube toda a nossa força e alegria, fugimos, escondemo-nos, temso atitudes que, dadas as (diferentes) circunstâncias, podem ser consideradas egoístas... só porque tentamos procurar um pouco de felicidade, porqeu queremos sentir o que é ser feliz, talvez porque pensamos que essa felicidade nos dá uma espécie de força, um novo alento que nos dá mais confiança para tentar ajudar os nosso “anjos, dái-nos a percepção que com um sorriso os possamos afastar a pouco e pouco da zona obscura da sua mente, do palácio da dor, onde não há flores, não ha “adoro-te’s, não há brilho no olhar, nem sorrisos, não ha borboletas, nem estrelas, nem paz, não há Amor; só há tristeza, lágrimas, guerras, revolta, chamas e negro.. não passa tudo de uma imensa mancha negra... pensamos que com a felicidade que procuramos lhes podemso devolver a sua própria felicidade, ou pelo menos, parte dela!
No fundo todos nós na ânsia de nos libertar e ajudar a libertar os outros, na tentativa de não ficar presos nas masmorras do palácio procuramos algo que nos faça sorrir... algo que nos faça sentir a felicidade... e assim fazer tentativas de nos libertarmos da dor que a cada minuto que passa se infiltra mais no nosso coração...
Escrito por Carla Sofia.
*Esperemos que tenham gostado, pois ela tem uma capacidade igual a nossa de expressão. Continua assim. |
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posted by Vitor Alves
03:07
 
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